
domingo, 6 de abril de 2008
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"A conexão dos dois termos, Arte e Filosofia, provoca hoje um interesse estranho e que não é apenas teórico. O artista e o filósofo despertam um no outro uma mescla de fascínio e inquietação. O artista é demasiado curioso de todas as dimensões do mundo para manter-se indiferente às interpretações do
pensamento, nos vários domínios do processo histórico e cultural. Mas ele também pergunta, se as verberações da Filosofia não levam de roldão a Arte e o põem em xeque como artista. Por isso não pode deixar de inquietar-se com o lugar que a Arte ocupa no reino da Linguagem. Por sua vez o filósofo é por demais curioso de todas as oscilações do pensamento para ficar indiferente à atividade artística.
Mas choca-se com a sensação de que algo mais escapa às interpretações da obra.
Ora, é justamente este algo mais que constitui a essência da Arte e o viço
artístico da obra. Artista e filósofo sentem-se unidos por um apelo mútuo porque
ambos são convidados a concentrar todos os esforços no pensamento da Linguagem.
O propósito é discutir a conexão de Arte e Filosofia".
(Carneiro,Leão. Aprendendo a pensar, 1991, v. II, p. 240)
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